Mensagem da semana - 12 novembro 2012

Encontrado com aspecto humano, ⁸humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. ⁹Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome.  Fil 2, 8 - 9

 

¹⁸Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas’. ¹⁹Um outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas’. ²⁰Um terceiro disse: ‘Acabo de me casar e, por isso, não posso ir’. Lc 14,

 

 

¹³Pois é Deus que realiza em vós tanto o querer como o fazer, conforme o seu desígnio benevolente. ¹⁶Conservai com firmeza a palavra da vida. Assim, no dia de Cristo, terei a glória de não ter corrido em vão, nem trabalhado inutilmente. Fil 2,

 

⁷Mas essas coisas, que eram vantagens para mim, considerei-as como perda, por causa de Cristo. ^8aNa verdade, considero tudo como perda diante da vantagem suprema que consiste em conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor. Fl 3,

 

⁵Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” ⁶O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”. Lc 17, 5

 

 

 

Caríssimos irmãos,

Que o colo de Nossa Mãe Maria Santíssima seja hoje o porto seguro que precisamos e sonhamos...

Desarmemo-nos da couraça de adultos e voltemos à doçura de sermos crianças, sem preocupações, sem medos, inteira e confiantemente entregues aos cuidados da mãe.

Que Ela possa nos guiar nesse dia, sem que Lhe ofereçamos nenhuma resistência, sendo obedientes aos Seus conselhos e receptivos aos Seus comandos.

Maria é o atalho que nos leva até Jesus.

E diante de uma pessoa que nos quer tanto bem, podemos nos abrir a ela sem receio algum, mostrando o que vai em nosso interior, o que está em desordem, onde mais precisamos de ajuda, os ferimentos de nosso coração. E, naturalmente, o Espriito Santo virá fazer Sua parte, “fazendo novas todas as coisas”, desde que nos deixemos tansformar.

Não faço idéia de como essa mensagem o encontrará ao abri-la mas estou certa que se chegou até aqui, houve o dedo do Senhor a lhe conduzir.

Quando nos colocamos a serviço Dele, por mais que nos reconheçamos incompetentes e indignos, mesmo assim Deus nos usa. Por isso sei que Ele tem planos para quem “rezar” conosco com esse texto .

Nossa reflexão começa com o trecho da Carta de São Paulo ao Filipenses, dentre as leituras oferecidas pela Igreja durante a semana que passou. O trecho assinala a obediência de Jesus aos planos do Pai, a ponto de enfrentar o extremo da dor física somado ao intenso sofrimento da alma.

Jesus se deixou aprisionar pela natureza humana, para ser modelo para nós. Para que não tivéssemos a ousadia de dizer que Ele superou todas as dificuldades por ser Deus. A força ou as armas que utilizou para derrubar as barreiras que encontrou são as mesmas que dispomos nos nossos dias para também encarar as muralhas que nos desafiam. Ele obedecia ao Pai em tudo. Ele não fazia nada sem antes rezar muito – e nessas orações ouvia o Pai. Ou seja, vivia em unidade absoluta com o Pai, conhecendo Sua infinita bondade e por isso confiando completamente Nele.

Jesus quis mostrar, por sua experiência pessoal, que um ser humano tem condições de realizar  tudo que Ele realizou, viver como Ele viveu, fazer as mesmas obras que Ele fez.

Essa reflexão me fez lembrar de um trecho da Carta aos Hebreus, que vem trazer mais luz ao que tentamos explicar. Encontramos no cap 2, 16 – 18: “Veio em socorro não dos anjos, e sim da raça de Abraão; e por isso convinha que ele se tornasse em tudo (grifo nosso) semelhante aos seus irmãos, para ser um pontífice compassivo e fiel ao serviço de Deus, capaz de expiar os pecados do povo. De fato, por ter ele mesmo suportado tribulações, está em condições de vir em auxílio dos que são atribulados.”

Temos que avançar no conhecimento das coisas do alto, buscar essa unidade profunda com o Senhor e, por confiarmos inteiramente Nele, acatar com serenidade tudo que nos acontece, e assim nos será possível imitar Jesus – na bondade, na doçura, na misericórdia, na coragem, na piedade, na compreensão, no perdão, na cruz.

O próximo trecho para meditarmos é sobre o grande banquete oferecido por um homem aos seus amigos. Imagine que você vai organizar um  banquete para um grande número de convidados. Um evento desse porte exige planejamento apurado, esmero na seleção do cardápio e um cuidado redobrado na escolha dos ingredientes. Sem falar nas instalações, louças, toalhas, talheres, bebidas.

No dia do banquete, com tudo arrumado, mesa posta, os convidados começam a pedir desculpas e não comparecem ao compromisso...

Talvez você tenha sido convidado para um almoço ou jantar como esse. E, a exemplo dos amigos do anfitrião acima citado, você também teve seus motivos para não aceitar o convite.

Aliás, todos os dias há um convite desses na nossa caixinha de correspondência, na mesinha de cabeceira, debaixo da porta, na caixa de email. Há um anfitrião incansável a nos chamar para sentar à mesa com ele.

Mas somos pessoas extremamente ocupadas e não temos uma hora por  dia, sequer no domingo apenas, para estar com esse insistente “Amigo”.

É uma tarde de louvor na sua Igreja, a oração do terço com aquele amigo que passa por um momento difícil, a missa do domingo ou uma extra durante a semana, um grupo de oração numa noite qualquer, um palestra com um visitante recomendado pela Igreja, uma viagem de retiro, meia horinha de adoração...e por aí vai.

Em quanto tempo você lê o jornal do dia? E na internet, quanto tempo gasta por dia? E ao celular conversando com amigos e fofoqueiros de plantão? Ou assistindo novelas e programas de gosto duvidoso na tv? Passeando no shopping? Tomando sol no clube e se fartando de cerveja e carne naquele churrascão?

Dá pra negoaciar um desses compromissos com um daqueles relacionados acima? É duro fazer essa troca, não é? Mais difícil é explicar aos amigos porque não vai ao clube ou ao happy hour naquela sexta-feira...que vai à vigília, à uma missa solene ou fazer um retiro “fast”.

Caro irmão, está passando da hora de você dar essa chance ao Senhor. Apenas aceite o desafio que hoje Ele faz a você: “Provai e vede quão suave é o Senhor!” É só um começo.

Quisera que já pudéssemos dizer junto com São Paulo : ⁷Mas essas coisas, que eram vantagens para mim, considerei-as como perda, por causa de Cristo. ^8aNa verdade, considero tudo como perda diante da vantagem suprema que consiste em conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor. Fl 3,7-8

Esse é mais uma passagem da Sagrada Escritura para nossa reflexão. Para nos levar a avaliar o que somos capazes de abandonar por amor a Jesus e por considerá-lo uma “vantagem suprema” como o Apóstolo menciona em seus escritos.

Jesus dirigindo-se ao Pai, orando por nós, pede ajuda para nós porque embora estejamos nesse mundo,  não pertencemos a ele. Estamos nesse mundo, convivendo maciçamente com as coisas deste mundo, e nos acomodando a ele até que nos afastamos de tudo que se refere ao lugar de onde somos...

São Paulo não era um pagão. Era sim um conhecedor e cumpridor das leis. E tão ferrêneo defensor dessa lei que abominava os seguidores de Jesus por considerar que desrespeitavam a lei.

Até que Jesus alcançou o íntimo de seu coração. E ocupou tão intensamente esse coração que deu sua vida para defender o nome de Jesus. Segundo suas cartas, ele declara que já nem era ele mesmo que vivia, mas sim Jesus vivia nele: era Jesus quem dirigia seus pensamentos, seus sonhos, suas ações, seus gestos, atitudes, palavras, tudo enfim.

E ele não conheceu pessoalmente Jesus como os demais apóstolos...

E quanto a voce, tem espaço em seu coração para Jesus se instalar e assumir o controle?

Finalizamos com essa passagem do Evangelho de Lucas, como um alento para nós que desanimamos de rezar por pensarmos que não temos fé. Não estamos sós nesse barco... vejam o que os apóstolos pedem para o Senhor:  ⁵Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” ⁶O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”. Lc 17, 5